14 de outubro de 2022
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Setor espera uma política responsável pelo desenvolvimento sustentado do país
A indústria da construção tem registrado dados positivos. A última projeção do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV é um crescimento de 6% do PIB da construção neste ano.
No primeiro semestre, os lançamentos de empreendimentos imobiliários aumentaram 2,6% e as vendas, 17,9%, de acordo com a Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias). Na capital paulista, no acumulado de 12 meses até agosto, os lançamentos aumentaram 4,1% e as vendas, 6,1%, segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação).
Outra boa notícia é a continuidade da expansão da atividade da construção, que abriu 35.156 empregos em agosto no país, um aumento de 1,39% sobre o total empregado em julho. No acumulado de 12 meses, foram 248.105 novos empregos (+10,73%), segundo o Novo Caged.
As perspectivas são de continuidade desta expansão, especialmente no segmento de obras residenciais. É o que indica o desempenho do emprego nas atividades imobiliárias no país: em agosto, foram criados 648 empregos, acumulando 6.720 desde janeiro e 11.052 em 12 meses.
As boas novas se refletem no otimismo moderado dos empresários da construção. O Índice de Confiança da Construção subiu 3,5 pontos em setembro, para 101,7 pontos, maior nível desde novembro de 2012, segundo o FGV/Ibre.
Permanecem, contudo, duas questões: como o próximo governo federal atuará para restabelecer o reequilíbrio fiscal, possibilitando a queda da inflação e dos juros, e motivando o crescimento da taxa de investimentos; e como o futuro Congresso se comportará em relação às reformas necessárias para alcançar este equilíbrio.
A indústria da construção, geradora de habitação, infraestrutura e que responde por 2,6 milhões de empregos, espera do próximo governo uma política econômica responsável, que assegure o desenvolvimento sustentado do país.
